O Mundo Desconhecido do Áudio Analógico
Lá fora há um mundo fantástico que o Brasil desconhece: O Mundo do Áudio Analógico, de fábricas ativas em pleno século 21, mundo que reinou aqui há anos atrás e que foi removido pela indústria de massa da era digital (Já está de volta, pois a Polysom-RJ, Cf. Twitter - Os voltou a fabricar. Lá fora os ouvidos educados o preservaram, sabedores da alta qualidade de som e fidelidade musical. Conheça então esse universo maravilhoso, de arte, qualidade e visual bonito.
Saturday, December 11, 2010
Todos os toca-discos e outros equipamentos que estão aqui neste blog, são fabricados na atualidade.
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Thursday, October 26, 2006
VINIS, TOCA-DISCOS E TAPE-DECKS NOVOS E DE FABRICAÇÃO ATUAL: UM MUNDO DESCONHECIDO DO BRASIL EM PLENO SÉCULO 21. (Atualizado em 12/12/2010).
É muito comum as pessoas ficarem com um ar de perplexidade quando alguém fala que importou um vinil... Ou que tem determinado cantor em vinil e não em CD... Ou que prefere escutar vinis a CD’s. A pergunta que vem é quase sempre a seguinte: Mas “isso” não deixou de fabricar? Pois é. Percebe-se como a mídia comercial é importante, senão determinante no que diz respeito ao acesso à informação sobre bens de consumo, ao que devemos crer ou não acerca desses bens e até sobre a noção de custo-benefício desses referidos bens.
Os vinis e toca-discos "zero km" no Brasil tiveram sua retirada decretada pelo advento do CD na década de 80 e consumada na década de 90 quando do surgimento do real. A mídia comercial e industrial, mentirosamente (Pois lá fora, Europa, Estados Unidos, Japão, discutia-se os defeitos da nova mídia e sua inferioridade diante do Vinil, principalmente a Revista Stereophile) pregou a total obsolência do Vinil e toca discos diante da nova tecnologia. Não se falava mais em LP; quem desconhecesse as vantagens do CD diante do LP estava fora de moda. Fato consumado. Muitos se desfizeram, venderam ou doaram suas coleções de LP's (vinis, para os mais novos), na esperança de que os títulos saíssem em CD. Obvio: alguns saíram, outros não. Mas a tecnologia encantava, prometia, era um mundo novo, especialmente para quem tinha toca-discos baratos e não tinha afinidade com o universo hi-fi.
Nos países de primeiro mundo, como os Estados Unidos, Europa, Japão e Grécia, além de outros, como a Rússia, isso não aconteceu. Com classes sociais bem informadas, acostumadas a equipamentos sofisticados de áudio, incluídos aí os toca-discos, as tecnologias e práticas de prensagem de alta qualidade, inexistentes na época no Brasil (como LP’S de 160, 180 e 200 gramas, quando o normal por aqui eram LP’s de 125 gramas). Essas sociedades não se vergaram à tecnologia novata do CD: Apenas a incluíram como mais uma opção. Apenas encamparam essa nova tecnologia. E em relação ao toca-discos, muito pelo contrário: até clubes de "tocadisquistas" se formaram, como o Audiophile Club of Athens, em Atenas (Hellas), na Grécia, cujo endereço na internet é http://aca.gr/turntable.htm . (A página principal é http://aca.gr/ ). Lá se cultiva o refino do refino em matéria de pureza musical em toca-discos.As prensas brasileiras (De vinis) foram vendidas para o Chile, Argentina e Espanha. A Febre do CD se espalhava, assim como o desejo de consumo de possuir um toca CD. No exterior, as coisas iam a passos bem mais prudentes: Decobriu-se que o CD precisava se aperfeiçoar, que o som ainda não estava bom, (muito brilhante e com poucos graves) embora não se negasse a sua praticidade, principalmente no seu uso em carros. E continuou-se a usar os vinis e os toca-discos. E está assim até hoje: o CD foi um aliado, e não um invasor que expulsou um inimigo.
E é impressionante como no Brasil se acredita até hoje que vinil é peça de museu, assunto de saudosista ou de gente bizzarra... Diga-se o mesmo para toca-discos! A situação hoje nos países de ouvidos educados é a seguinte: O CD dividiu o mercado com o LP e com a fita cassette, cada um ocupando o seu lugar em vantagens técnicas, práticas e culturais. As bandas lá fora lançam seus álbuns, na sua maioria, em CD e LP e algumas dessas mesmas bandas, lançam também em fita cassette. No Brasil, quem fabrica LP's (Prensagem) é a POLYSOM, em Belford Roxo, do empresário João Augusto. Já foram lançados vários LP's nesse ano de 2010, como Chiaroscuro, da cantora Pitty, África-Brasil, de Jorge Benjor e muitos outros que encontram-se relacionados no Twitter da Polysom. Os toca-discos e tape decks, por sua vez, nunca deixaram de ser fabricados; muito pelo contrário: evoluíram e continuam evoluindo. (veja abaixo):
E-mail: joaquim777@gmail.com

O consumidor estrangeiro conhece bem as diferenças entre o analógico e o digital, sabe que o primeiro é sinônimo de fidelidade e o segundo, de pureza de som. Há os que entendem que e qualidade sonora só existe onde há fidelidade; e outros, que qualidade sonora é sinônimo de pureza de som. Toca-discos com CD e tome briga! Ainda há outros que prezam pela não intervenção na arte, que a arte é intocável, intangível, e que dessa forma o sinal sonoro não poderia ser transformado jamais em informações digitais porque isso macularia fatalmente a sua essência (em face do processo digital binário de 0 e 1 ser incapaz de reconstruir na outra ponta sinal elétrico idêntico ao original, mas apenas aproximado, vez que 0 e 1 não interpreta valores quebrados de volts. O processo analógico é uma soma infinita desses valores e é capaz de reproduzir qualquer valor quebrado, por menor que seja). Para saber mais sobre as diferenças entre o CD e o Vinil, visite http://vinilnaveia.blogspot.com .
Com ou sem correntes de opinião, as fábricas de toca discos estão a todo vapor: Evoluíram muito. Eis alguns de seus sites http://www.numark.com/
http://www.stantonmagnetics.com/v2/index.asp
http://www.panasonic.com/consumer_electronics/technics_dj/flash.asp
http://www.vestax.com/
http://www.geminidj.com/home.html
http://www.rega.co.uk/
http://www.roksan.co.uk/ (Estes gravam em vinil virgem)
http://www.adjaudio.com/category.asp?category=Turntables E ainda existe o mercado saudosista abocanhado pela TEAC, que fabrica móveis da década de 1940 denominados retrô e nostalgia turntables – http://www.needledoctor.com/Online-Store/Nostalgia-Turntables
*Atualmente, já se pode adquirir aqui no Brasil um modelo Crosley dos listados abaixo, no site UOL, em http://compras.importexpress.com.br/produto_detalhe.asp?IDProduto=2873&origem=731 Vale a pena, pois é um equipamento que toca LP's (vinis), fitas K-7 e CD. E grava tanto vinil, quanto o seu cassette preferido em CD.
Teac Turntable CD-Recorder GF-350

que tinham incorporados em seu bojo vitrola e rádio, naturalmente hoje, incluido o toca CD (O aparelho acima é o Teac SL-A200S Turntable/Radio/CD, de $169,00 - http://www.needledoctor.com/Teac-SL-A200S-Turntable-Radio-CD?sc=2&category=461). Surgiram também os fabricantes de toca-discos denominados “obra da arte” (Work of art turntables) e os toca-discos homemade, feitos em casa por verdadeiros apaixonados por toca-disco de som refinado, em sua maioria técnicos e engenheiros. Conseguem relações de sinal ruído de até 80 dB. Também se inventou para o toca-discos um novo conceito, o de instrumento! (www.vestax.com/v/products/players/controller_one.html )
A Vestax alemã, que além de fabricar verdadeiras obras de tecnologia, como um toca-discos que toca inclinado, criou o já famoso “Controller One”, uma espécie de toca-discos que é um instrumento, vez que acrescenta notas musicais à faixa do vinil e outras coisas mais. Opera te por pedal. (fig. ao lado)
Existe também o mercado dos saudosistas em aparelhos de som, especialmente toca-discos! A TEAC fabrica modelos idênticos aos de 1940, com tecnologia embarcada do século 21, com drive de CD...

As cápsulas evoluíram tremendamente e se tornaram caríssimas. Nomes como magneto móvel (MM – de magneto móvel) e bobina móvel (MC – de moving coil) eram pouco pronunciados em terras tupiniquins na época do LP brasileiro pela massa consumista. Uma boa cápsula MM (magneto móvel) para começo de conversa custa mais que um DVD popular (R$130,00). Na figura, uma cápsula Grado Green, de 60 dólares:

Há também as cápsulas para os muitos exigentes de ouvido e com muitos dólares na carteira, como a Clear áudio Phono Cartridge, que custa a “bagatela” de 10 mil dólares. É isso mesmo que v. ouviu... (http://www.needledoctor.com/Online-Store/Phono-Cartridge-View-All-10-000-19-99 )
Os toca discos que são equipados por estas cápsulas também não ficam nada a desejar em relação à sua qualidade e refinamento de som, assim como também não ficam atrás em matéria de preços. A lista no mundo inteiro é exaustiva, as marcas são Clear Áudio, cujos alguns modelos são Clear Áudio Maximum Solution
Clearaudio Insider Gold Moving Coil Cartridge

O primeiro custando 12 mil dólares e o segundo, US$ 3,500,00. Não se pode esquecer dos que tem os maiores recursos de engenharia do planeta e chegam a custar o preço de um apartamento:
US$ 69.999,99! Ou seja, mais de cento e vinte mil reais. Pois é, acredite, tudo isso para tocar um humilde vinil... (E este modelo já foi arrematado, pois vistando a página aparecerá a mensagem “out of stock”, o que quer dizer que algum milionário do planeta agora está desfrutando de sua encomenda. Pois é, só são feitos sob encomenda, como uma Ferrari... Eles podem ser encomendados pela internet em www.elusivedisc.com/prodinfo.asp?number=BASWOAV
O curioso do mundo dos toca discos (e já existe um neologismo anglicano chamado “turntablism” que corresponderia em português a “tocadisquismo”, é que, tal qual as “cápsulas são servidas a gosto” (vendidas...), os braços de tocadiscos também são vendidos separadamente.

Site: www.enjoythemusic.com/Magazine/equipment/0302/basis2800.htm Modelos de braços distintos e
Estes braços são vendidos como produtos com ficha técnica, obviamente para os que estão aprofundados no mundo da alta fidelidade ou como já está mais conhecida atualmente, o mundo Hi-End. E também não são baratos: o modelo da fig. custa US$3.200, cerca de R$6.880,00 aproximadamente, pelo cambio atual. Além destes caríssimos, há várias outras categorias “mais normais”, como as dos conhecidos toca discos de DJ’s ou toca discos profissionais, cujas marcas são exemplificadas pelas figuras abaixo, retiradas de seus sites já mencionados acima, como a seguir, os toca-discos da Numark

E os atuais Technics MK5. Mas os SL1200 MK-II ainda são os preferidos.
Os nomes de fantasia ou marcas, como assim é conhecido no Direito Empresarial, Panasonic e Technics são propriedades da Companhia Limitada Matsushita - Matsushita Electric Industrial Co. Ltda., tendo cada uma sua clientela de consumidores.

Os mais baratinhos, da categoria denominada “budget turntables”, como o Audio Technica PL50, belt drive (correia de borracha), que custam na faixa de 99 dólares, mas que possuem um excelente som. A marca é mais que tradicional e conhecida no mundo inteiro, pois é fabricante há décadas de cápsulas e microfones. Mas para apreciadores menos exigentes, pois não tem strobo, é belt drive e é leve. Veja comentários sobre ele no vinilnaveia3, http://vinilnaveia3.blogspot.com

Os que não usam agulhas, mas sim Raio Laser, como os fabricados pela ELP Corporation do Japão http://www.elpj.com/

Balanças para pesar a agulha dos toca-discos
Máquinas para a limpeza de vinis, a vácuo ( http://www.kabusa.com/NGRM.HTM )

Como se percebe, o mundo dos vinis está sim, muito vivo, e com muito charme e competência.Mas e os VINIS? Acompanharam o desenvolvimento? Claro. As técnicas de prensagem de LP’s evoluíram. Hoje se consegue muito mais qualidade que já possuía um vinil com uma técnica chamada DIRECT METAL MASTERING, ou em bom português, masterização direta no metal, no caso uma espécie de cobre recém-fabricado, que é o Cobre Pirofosfato (cu-Pyrophosfate). Antes, o corte era feito em um vinil, que depois de aprovado, era recoberto de metal e daí originava os masteres positivos, também recobertos de metal, que iam para a prensa. Agora, o corte é feito diretamente num disco de cobre macio e os resultados são muito superiores aos que já eram conseguidos pela boa técnica antiga. Veja a figura da máquina de corte:

Várias gravadoras já estão usando o método. A patente é da TELDEC. Basta conferir em
http://www.pauleracoustics.de/paulerac/pa_dmm_e.html
Como dito acima, os vinis são vendidos lá fora. Veja os sites: http://www.lpnow.com/ , http://www.vinyl.com/, http://www.junorecords.co.uk/, http://www.simplyvinyl.com/, http://www.speakerscorner.de/
http://www.elusivedisc.com/ ; http://www.cvccollect.com/ http://www.musicstack.com/ e outras.
Além das lojas físicas desses próprios sites, há as que não anunciam na internet. Na Rússia, a gravadora é a do selo Consummari in unum, St. Petersburg. (Por razões de não conseguir reproduzir os caracteres em Russo, deixo de colocar o nome da gravadora).
E as fitas cassette também: http://www.blackmetal.com/cgi-bin/gold/category.cgi?category=search&query=%5Ebycategory7.sql

E os tape decks, que são fabricados até hoje:
http://www.teac.com/consumer_electronics/Products.html ehttp://www.teac.com/consumer_electronics/CassetteDecks.html

Teac Cassette Deck W-790R
Esse aqui é um verdadeiro charme http://www.teac.com/consumer_electronics/Nostalgia.html
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